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Boletim Agroclimatológico Outubro, Novembro e Dezembro

11 de outubro de 2022 Agronegócio

Confira como fica o clima no Brasil no último trimestre do ano.

Condições climáticas favoráveis são importantíssimas para o bom desenvolvimento e rendimento adequado das culturas. Isso garante uma produtividade satisfatória ao produtor e o crescimento da economia nacional.

O produtor deve ficar atento às condições climáticas da sua região e também saber com antecedência como serão os próximos meses, para poder planejar o manejo da cultura e dos nutrientes necessários.

Pensando nisso fizemos uma cartilha apanhado geral de como serão as condições meteorológicas no Brasil nos meses de outubro, novembro e dezembro, com base no Boletim Agroclimatológico do INMET.

Confira abaixo o Prognóstico Agroclimatológico para o último trimestre do ano.

Prognóstico Agroclimático para o período de outubro, novembro e dezembro de 2022

Região Norte

A previsão climática produzida com o método objetivo (multimodelo – cooperação entre INPE, INMET e FUNCEME) indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em quase toda a região, devido principalmente à atuação do fenômeno La Niña. No oeste do Amazonas e do Acre, a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média durante o trimestre, enquanto em Rondônia as chuvas previstas poderão ser próximas à média.

A temperatura média do ar deverá prevalecer próxima e ligeiramente acima da climatologia em toda a região.

A previsão do balanço hídrico indica que as áreas com armazenamentos elevados concentrarão principalmente no noroeste da região em outubro. Já nos meses de novembro e dezembro, a previsão de chuvas acima da média em grande parte da região impactará positivamente os níveis de água no solo no centrossul da região, principalmente em áreas de Tocantins, centrossul do Pará e em Rondônia. Entretanto, em áreas do norte da região, como em Roraima, Amapá e norte do Pará, mesmo com previsão de chuvas acima da média, os níveis de água no solo podem continuar baixos.

Região Nordeste

A previsão indica chuvas ligeiramente acima da média em praticamente toda a região. Possivelmente associados aos impactos da La Niña e do padrão de águas ligeiramente mais aquecidas próximas à costa. Na parte leste da Região Nordeste existe a probabilidade de ocorrer chuvas próximas a média, sendo que o trimestre de outubro a dezembro corresponde ao mais seco desta área.

Quanto a temperatura do ar, deve ser ligeiramente abaixo da média histórica no sudeste da Bahia com a tendência das temperaturas serem próximas em Alagoas, Sergipe e centro-norte da Bahia. Enquanto na parte norte da região, que inclui os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e no litoral dos estados da Paraíba e Pernambuco, as temperaturas devem ser acima da média nos próximos meses.

A redução das chuvas observada nos últimos meses, contribuirão para expansão da área com baixos níveis de armazenamento, chegando a valores abaixo de 30% em praticamente toda a região. Entretanto, mesmo com o retorno gradual das chuvas previsto para os meses de novembro e dezembro, os níveis de água no solo ainda continuarão baixos, com exceção de áreas do MATOPIBA, como oeste da Bahia e sul do Maranhão e Piauí, onde há previsão da elevação do armazenamento de água no solo.

Região Centro-Oeste

A previsão do multi-modelo indica tendência da precipitação ser próxima e ligeiramente acima da média histórica em praticamente toda região, porém no sul de Goiás e no Mato Grosso do Sul, são previstos totais de chuvas abaixo da climatologia do trimestre.

As previsões indicam que as temperaturas devem ser próximas e ligeiramente acima da média climatológica nos próximos meses, principalmente em áreas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde as temperaturas poderão ser mais elevadas.

Os níveis de água no solo em praticamente todos os estados do Centro-Oeste foram impactados negativamente devido a redução das chuvas durante os meses de inverno, o que é característico da região. Como relatado no último Boletim Agroclimatológico, as previsões indicam um retorno gradual das chuvas a partir do mês de outubro, o que ocasionará aumento dos níveis de água do solo, principalmente em áreas de Mato Grosso e Goiás, chegando a valores acima de 80% no mês de novembro em grande parte da região. Já no Mato Grosso do Sul, há tendência da manutenção de bons níveis de água no solo durante todo o trimestre, principalmente em áreas do centrossul do estado.

Região Sudeste

São previstas chuvas irregulares para esta região, onde as chuvas acima da média irão ocorrer sobre o centro-norte de Minas Gerais e Espírito Santo, enquanto para o sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo são previstos totais de chuvas abaixo da climatologia do trimestre.

A temperatura do ar deve ser próxima da média histórica em praticamente todos os estados, exceto no nordeste de Minas Gerais e norte do Espírito Santo que são previstas temperaturas ligeiramente abaixo da média nos próximos meses, devido a persistência de dias chuvosos. No oeste de São Paulo, a previsão é de temperaturas ligeiramente acima da média.

Assim como na Região Centro-Oeste, no mês de outubro, as chuvas ligeiramente acima da climatologia previstas pelo modelo do INMET poderão contribuir para a elevação do armazenamento de água no solo em grande parte da região, principalmente em Minas Gerais, sul de São Paulo e em áreas litorâneas. Já em novembro, as chuvas acima da média poderão contribuir ainda mais para a manutenção de água no solo, com exceção de áreas o Triângulo Mineiro, extremo norte de Minas Gerais e oeste de São Paulo. Entretanto, o modelo aponta que mesmo que ocorra chuvas irregulares no mesmo de dezembro, há possibilidade de elevação da umidade no solo em toda a região.

Região Sul

Para a Região Sul, a previsão é de chuvas abaixo da média climatológica em toda a região, em decorrência dos impactos que o fenômeno La Niña pode causar (Figura 5a).
A temperatura do ar deverá prevalecer próxima da climatologia no período, exceto no norte do Paraná e oeste do Rio Grande do Sul, onde são previstos temperaturas ligeiramente acima da média histórica.

Os volumes de chuva observados nos últimos meses em grande parte da região mantiveram os níveis de umidade no solo elevados, com exceção de áreas do Rio Grande do Sul onde houve uma ligeira redução do armazenamento. Entretanto, com a persistência do fenômeno La Niña e a previsão de chuvas irregulares em grande parte da região, principalmente nos meses de novembro e dezembro, há tendência de diminuição do armazenamento de água no solo em grande parte do centrossul do Rio Grande do Sul, com valores menores que 60%.

BoletimAgro_2022-OUT-NOV-DEZ

 

Fonte Portal Inmet: https://portal.inmet.gov.br/boletinsagro

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