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Soja: demanda chinesa deve aumentar? Veja os fatores que podem impactar os preços nesta semana

26 de outubro de 2020 Notícias gerais

As importações pelo grão dos Estados Unidos podem seguir elevadas; colheita norte-americana pode continuar ditando o ritmo dos ganhos no cenário externo

Para esta semana, o mercado de soja espera pelo aumento da demanda chinesa pela oleaginosa norte-americana. Além disso, a colheita dos Estados Unidos pode continuar ditando o ritmo dos ganhos no cenário externo.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Roque.

  • Os players do mercado de soja permanecem com as atenções divididas entre sinais da demanda chinesa pela soja norte-americana, clima para evolução da colheita norte-americana e clima para a evolução do plantio e desenvolvimento inicial das lavouras brasileiras;
  • Apesar de não termos visto novas vendas de soja dos Estados Unidos para a China sendo anunciadas nesta última semana, o mercado continua com um sentimento positivo com relação à manutenção da demanda chinesa nos próximos meses. O atraso do plantio no Brasil leva o mercado a crer que a China terá necessidade de comprar mais soja norte-americana até a entrada da nova safra brasileira, já que provavelmente o Brasil ainda não terá volumes para oferecer aos asiáticos já em janeiro, como de costume. Tal fato naturalmente traz sustentação para os contratos mais curtos em Chicago;
  • No lado da oferta, o bom avanço da colheita norte-americana continua sendo aparentemente o único fator que limita os ganhos nos contratos futuros. Embora o clima mais úmido dos últimos dias tenha impedido um melhor avanço das máquinas, o ritmo dos trabalhos continua bastante acima da média normal para esta época do ano, devendo continuar assim até o encerramento da colheita;
  • Mesmo com o forte avanço da colheita, lembramos que ainda restam dúvidas com relação ao verdadeiro tamanho da safra norte-americana, embora apenas ajustes pequenos devam acontecer. Estas últimas semanas de tempo seco que favoreceram a colheita podem, por outro lado, ter atrapalhado a finalização do desenvolvimento de algumas plantas semeadas mais tardiamente. Dessa forma, é possível ainda vermos algum ajuste negativo na safra dos EUA por parte do USDA, mesmo que de forma pontual;
  • No Brasil, o atraso no plantio continua trazendo preocupações com relação ao potencial produtivo desta nova safra, embora ainda seja cedo para qualquer definição. Os problemas, até o momento, são contornáveis em sua maioria, basta o clima ajudar nas próximas semanas. As chuvas começaram a voltar para praticamente todas as regiões do país nesta última semana, e as previsões apontam para mais 7 dias de umidade regular. Tal previsão é bastante favorável para o plantio, encorajando os produtores a avançarem com as máquinas. De qualquer maneira, o ritmo deve continuar atrasado por mais algum tempo.

Fonte: Canal Rural

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